SÃO PAULO - O Ministério Público de São Paulo, através dos promotores de Justiça do Grupo de Atuação de Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu, nesta terça-feira, denúncia à Justiça contra Aldo Bertoni, líder da Igreja Apostólica. De acordo com a denúncia, Aldo Bertoni cometeu os crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra fiéis da Igreja Apostólica. A denúncia foi encaminhada ao Fórum Criminal da Barra Funda.
Os promotores ressaltaram na denúncia que os "abusos cometidos, por vezes, não foram assimilados de pronto pelas vítimas, pois estas eram induzidas por Aldo Bertoni a acreditar que havia algum motivo sagrado em suas atitudes, quando, na verdade, ele utilizava-se de sua falsa imagem de santo para se satisfazer sexualmente".
Ao todo, os promotores ouviram mais de 15 vítimas, sendo que uma delas era menor de idade quando foi abusada. Após a veiculação do caso pela imprensa, novas vítimas procuraram o Ministério Público para denunciar situações semelhantes envolvendo o acusado.
Em seu site na internet, a Igreja Apostólica afirma que as denúncias veiculas na impresa são "mentiras e leviandades de um grupo de ex-católicos macomunados, com o propósito de destruir a igreja". Segundo a igreja Apostólica, "essas pessoas iniciaram uma campanha difamatória há cinco anos contra a igreja e contra a pessoa do primaz". De acordo com o comunicado da igreja, "inúmeras mentiras foram colocadas na internet, em blogs, listas de discussões, nas quais a maioria das pessoas usa nomes fictícios, escondendo a sua verdadeira identidade".
Em seu site, a Igreja Apostólica se diz vítima de inúmeras denúncias anônimas feitas ao Ministério Público, Prefeitura, Polícia Civil, sendo que algumas delas acabaram gerando inquéritos policiais.
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