A ex-senadora e candidata à Presidência da República em 2010, Marina Silva, aproveita passagem pelo Ceará, no lançamento do Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, para debater a organização do Movimento pela Nova Política no estado.
O Movimento foi lançado nesse mês em Brasília e conta com a participação de dissidentes do PV, além de membros de diversos partidos e pessoas não filiadas. A intenção do grupo é discutir uma nova experiência de fazer política, horizontal, participativa e em rede.
No Ceará, o Movimento pela Nova Política pretende dialogar com várias frentes, sejam ligadas a partidos ou não. Entidades ambientalistas, comunitárias, movimentos estudantis e de classe têm buscado aproximação.
De acordo com Paulo Sombra, um dos articuladores nacionais do grupo, a intenção é construir um movimento aberto, democrático e plural, respeitando as divergências e organizando coletivos para a tomada de decisões. "Não acreditamos no monopólio da democracia representativa, onde muitas vezes nossos representantes deixam de nos representar, para representar a eles próprios enquanto categoria. Buscamos a liberdade de participação da sociedade", ressalta.
O Movimento pela Nova Política está baseado em princípios de autonomia, gestão de conflitos pela via do diálogo, democracia em rede e interação permanente. "Não devemos restringir nosso olhar à forma de organização atual dos partidos políticos. O que temos em mente é uma democracia radical, pautada na ética e sustentabilidade, que envolva e motive a participação das pessoas", afirma Paulo Sombra.
O grupo que tem a frente Marina Silva já conta com o apoio dos senadores Eduardo Suplicy (PT), Cristovam Buarque e Pedro Taques (PDT), Randolfe Rodrigues (PSOL), além dos deputados federais José Antônio Reguffe (PDT), Jean Wyllys (PSOL), Alfredo Sirkis (PV), Walter Feldman (PSDB), dentre outras lideranças de todo o país.
Paulo Sombra (paulosombra@superig.com.br)
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