O Ceará reduziu de 55,71%– registrados em 2004 – para 48,31% – em 2009 -, portanto em apenas cinco anos, o número de domicílios em situação de Insegurança Alimentar (IA), o que representa uma queda de 13,29 pontos percentuais. Isso significa dizer que mais de 500 mil pessoas no Ceará deixaram à zona de IA, passando de 2,83 milhões em 2004 para 2,31 milhões em 2009.
Os números de IA do Brasil – regionais e por Estados – foram divulgados na tarde desta terça-feira (20), durante apresentação do trabalho Ipece/Informe nº 18, que tem como título “Perfil da Segurança Alimentar no Estado do Ceará - Análise dos dados do suplemento especial de segurança alimentar da PNAD para os anos de 2004 e 2009”. O estudo foi elaborado pelo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), em conjunto com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS).
O estudo – apresentado pelo professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Ipece, juntamente com os técnicos Raquel Sales, Victor Hugo Miro, Valdemar Rodrigues e Janaína Feijó, todos do Instituto, e Regina Praciano e Margarida Câmara, da STDS - deixa claro que entre os dois anos considerados (2004/2009), o percentual de domicílios brasileiros com algum caso de IA caiu de aproximadamente 35 % para 30,2%. Na região Nordeste, esta redução foi de 7,5 % (de 53,6% para 46,1%), sendo a região que apresentou a maior redução da proporção de domicílios que relataram estar em situação de insegurança alimentar.
De um modo geral verifica-se a melhora no indicador, mas em alguns estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ocorreu o contrário, pois aumentaram a proporção de domicílios com algum caso de Insegurança Alimentar entre esses dois anos, são eles: Sergipe; (Nordeste), Rondônia, Amazonas, Amapá (Norte), Mato Grosso do Sul e Goiás (Centro-Oeste). Em 2004 os estados em pior situação eram Roraima (70,83%), Maranhão (69,07%) e Piauí (63,53%), e os melhores valores desse indicador pertenciam a Santa Catarina (16,52%); São Paulo (24,21%) e Rio Grande do Sul (24,74%). Em 2009, os estados em pior situação eram os do Maranhão (64,61%), Piauí (58,71%) e Acre (52,97%).
O trabalho do Ipece também analisa a questão da Insegurança Alimentar por classe de renda – esta pode ser considerada como uma das principais determinantes das condições de acesso á alimentação de um indivíduo ou de uma família; por gênero, que mostra a proporção de moradores em domicílios particulares permanentes com alguma restrição alimentar, considerando o sexo dos indivíduos; por raça, outro aspecto importante que deve ser considerado é a cor/raça dos indivíduos; por grupo de idade, onde foi observada maior incidência nos domicílios em que residiam crianças; por anos de estudos dos chefes de domicílio; pela frequência escolar e, finalmente por condição de ocupação e atividade.
O estudo completo pode ser acessado na página: www.ipece.ce.gov.br.
Assessoria de Imprensa do Ipece
Pádua Martins (padua.martins@ipece.ce.gov.br | 85 3101.3508)
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