O atentado na Câmara de Jaguaretama, que causou a morte do vereador Marcos Rogério Machado de Lima, o "Marcão", e deixou José Antonio Lopes Pereira ferido no peito, levou medo e tristeza ao município, distante 240 quilômetros da capital. A Área de Risco 1 do Instituto Dr. José Frota confirmou o óbito do político ainda na noite de segunda-feira (19).
Para os parlamentares da cidade, as horas seguintes foram difíceis, acompanhando o estado crítico de saúde em que Marcão era transferido para o IJF. "Essa noite nós não conseguimos dormir, pela cena que testemunhamos, pelo amigo que perdemos", disse o vereador Jairo Junior, que estava ainda no plenário quando os tiros foram disparados.
O misto de medo e tristeza também deixa o presidente da Câmara, José Jurailson Bezerra Brito, preocupado com a segurança dos parlamentares, mas ele afirma que não pedirá reforço policial para a Casa, alegando ser caso ímpar e sem qualquer vinculação política. "Não é situação rotineira. Jamais havia acontecido no município. O crime não ter caráter político", tranquilizou.
Os policiais da cidade já têm uma linha de investigação. Com o descarte de uma retaliação à atuação parlamentar de Marcão, as suspeitas recaem sobre "negócios particulares" do vereador assassinado, reforça Jurailson.
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