Choró > Por pouco um despacho de macumba não virou caso de polícia. O fato aconteceu na cidade de Choró, a pouco mais de 20 Km de Quixadá, no Centro do Estado. Uma dona-de-casa chegou a registrar ocorrência policial acusando outra moradora da cidade de ter feito o “serviço de terreiro” contra ela, todavia a mandinga, mal feita, acabou atingindo uma criança, filha dela. A mãe descobriu o feitiço quando procurou numa rezadeira cura para a doença da menina. Não achou justo terem atirado o mal olhado numa pessoa inocente.
A “encomenda” a um pai de terreiro teria sido feita em razão de uma relação amorosa. Inconformada com a perda do amor de sua vida para a rival, teria buscado vingança num ritual de candomblé, realizado no cemitério da cidade. O despacho foi feito com capricho. Galinha preta de perna amarrada, cururu de boca costurada, litro de cachaça, não havia erro. Entretanto essas coisas também falham. O santo baixou, mas esqueceu de que a pretensa vítima tinha o “corpo fechado”. Acaba pegando nos parentes mais próximos.
Proprietária da única casa do ramo legalizada na cidade, a mãe de santo Jurlene Fernandes confirma que esse tipo de situação pode ocorrer, principalmente quando os despachos são feitos para o mal, ainda mais em áreas fúnebres, como nos cemitérios. Segundo ela, evocar os maus espíritos só trás infelicidade. Quem insiste nesse tipo de malfeito acaba se dando mal. É preciso reverter a maldição imediatamente. Caso contrário, se não tiver o “corpo fechado” vai sofrer. Caboclo forte não brinca.
Procuramos as protagonistas desse caso. Não foram encontradas. De acordo com alguns moradores as duas fizeram as pazes. Disseram que tudo não passou de um mal entendido. Há quem diga que o “preto velho” deu um jeitinho. Mexer com criança não pode. A menina melhorou. Pelo jeito a reza foi boa. Mas populares denunciam que vez por outra tem gente fazendo despacho no cemitério da cidade. No dia seguinte com certeza tem gente “pesada” se mal dizendo da vida.
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