Incrível a falta de informações com relação às denúncias de fraude levantadas no resultado do Curso de Habilitação de Oficiais (CHO) da Polícia Militar do Ceará. Uma matéria divulgada no Jornal O Povo, edição de 30 de julho de 2011 dava conta que essas denúncias levaram o Ministério Público Estadual, através do Promotor da Justiça Militar, Joathan de Castro a pedir explicações ao Comando da PM no Ceará, o qual enviou ofício solicitando informações sobre o processo de seleção para o cargo de tenente. Alguns dias se passaram e ninguém fala mais nada sobre o assunto, inclusive o curso foi iniciado no último dia 01/08/2011 como se a denúncia não existisse. No entanto, a coletividade, principalmente a tropa prejudicada, quer urgentes explicações. O Promotor de Justiça Militar Joathan de Castro orientou o Comando da PM suspender, temporariamente o curso até que as investigações sejam concluídas, mas o Comando da PM preferiu dar continuidade ao curso sem oferecer qualquer explicação ao público. Policiais Militares, que preferem não se identificar, questionam a seleção dos aprovados. Na verdade, a denúncia é de que alguns dos aprovados trabalhem diretamente com oficiais que faziam parte da comissão julgadora do certame ou que atuem no mesmo local onde as provas foram impressas. Como aparelho de segurança que deve zelar pela sua própria credibilidade, a Polícia Militar deve sim prestar esclarecimentos gerais sobre o resultado das investigações. Conforme o tenente-coronel Fernando Albano, relações públicas da Polícia Militar, não há oficialmente nenhum indício de fraude, frisou em 30 de julho deste ano no Jornal O POVO.“Recebemos apenas um ofício que solicita explicações sobre o certame”, resumiu. Caso seja confirmado o indício de fraude, o Ministério Público deve pedir a anulação da prova. Informações extra-oficiais apontam que cerca de 340 candidatos fizeram as provas desta seleção, tendo 111 deles conquistado o perfil mínimo. O CHO está sendo coordenado pela Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp/Ce), tendo duração de cinco meses e carga horária de 960 horas/aula. Ao todo, foram 42 selecionados para o curso, sendo 21 pelo questionado certame e 21 por antiguidade. É preciso que o próprio comando divulgue o resultado das investigações, afinal de contas a corporação tem um nome a zelar e quem deve não teme.
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