“Ela é a batida de um coração, ela é uma doce
ilusão... Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
(Gonzaguinha)
A vida nos ensina que servimos para alguma coisa. Vivi recentemente a experiência de ser inútil, de não servir para nada. Que sensação dolorosa, amigo leitor! Não havia pensado que pudesse ser inútil para alguém, mas fui. Há um momento em que nada pode ser feito. A Ciência, a tecnologia e outras invenções do homem parecem não ter sentido, não funcionam.
O tempo deixa de existir, as horas fogem, dando lugar ao Mistério. Aceitei a condição de inutilidade. O que vou fazer com ela? Não sei dizer. Há coisas para além do nosso entendimento, ninguém explica apenas vive-se o instante, mergulhado na dor, no horror, no murmúrio da lágrima perdida. A ideia de funcionalidade me rodeia e então volto a acreditar que servimos para alguma coisa, sim. Nossas escolhas podem nos levar para o outro lado da esquina ou, talvez, nos ajudem a pular do penhasco.
A vida é preciosa mesmo quando dolorosa. Nossa existência é aplauso não do último ato da cena, porque a vida é estreia sempre. E nesse espetáculo acontece o encontro, o desafio da escolha. A vida se refaz constantemente no tempo e no espaço, aqui e ali e em toda parte. No movimento da vida nos reinventamos com o despertar das horas, com os nossos sonhos, amores, alegrias. Fomos escolhidos para a vida e treinados para a felicidade. Acredito nisso.
Hoje, eu voltei a escutar o passarinho que canta ao lado da minha janela. Sorri para ele, gosto de sua melodia. Ele canta para mim e eu canto para a vida, mesmo sem voz e sem talento. Sou aprendiz, mas qualquer dia desses, eu ensaio uma canção de amor ou um poema que traduza meu entusiasmo pela vida. Nessa tentativa de querer versificar a vida, fiquemos com a voz do cantor “e a vida é bonita e é bonita”.
Socorro Pinheiro
ilusão... Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
(Gonzaguinha)
A vida nos ensina que servimos para alguma coisa. Vivi recentemente a experiência de ser inútil, de não servir para nada. Que sensação dolorosa, amigo leitor! Não havia pensado que pudesse ser inútil para alguém, mas fui. Há um momento em que nada pode ser feito. A Ciência, a tecnologia e outras invenções do homem parecem não ter sentido, não funcionam.
O tempo deixa de existir, as horas fogem, dando lugar ao Mistério. Aceitei a condição de inutilidade. O que vou fazer com ela? Não sei dizer. Há coisas para além do nosso entendimento, ninguém explica apenas vive-se o instante, mergulhado na dor, no horror, no murmúrio da lágrima perdida. A ideia de funcionalidade me rodeia e então volto a acreditar que servimos para alguma coisa, sim. Nossas escolhas podem nos levar para o outro lado da esquina ou, talvez, nos ajudem a pular do penhasco.
A vida é preciosa mesmo quando dolorosa. Nossa existência é aplauso não do último ato da cena, porque a vida é estreia sempre. E nesse espetáculo acontece o encontro, o desafio da escolha. A vida se refaz constantemente no tempo e no espaço, aqui e ali e em toda parte. No movimento da vida nos reinventamos com o despertar das horas, com os nossos sonhos, amores, alegrias. Fomos escolhidos para a vida e treinados para a felicidade. Acredito nisso.
Hoje, eu voltei a escutar o passarinho que canta ao lado da minha janela. Sorri para ele, gosto de sua melodia. Ele canta para mim e eu canto para a vida, mesmo sem voz e sem talento. Sou aprendiz, mas qualquer dia desses, eu ensaio uma canção de amor ou um poema que traduza meu entusiasmo pela vida. Nessa tentativa de querer versificar a vida, fiquemos com a voz do cantor “e a vida é bonita e é bonita”.
Socorro Pinheiro
Nossa que texto encantador. Belíssimo e verdadeiro, por mais que ele tenha sido escrito por um sentimento que você passava na sua vida, mais por incrível que pareça, a alma de um escritor em sua plena inspiração acabam que identificando a muitos leitores que também enfrenta talvez os meus dilemas que você enfrenta ou enfrentou. Parabéns, adorei mesmo, sou fascinada por textos poéticos e de reflexões. Não tenho tanta intimidade com você, conheço de longe de muito ouvi falar, ou até mesmo o conheça bastante, porque convivia de perto com admiradores seus,(Carlinhos-meu esposo, seu ex aluno in memória), mais de longe admiro o seu trabalho.
ResponderExcluirEspero que continue escrevendo esse textos maravilhosos que realmente mexe com o recôndito de nossa alma. Bjus
Ziran Lins