sábado, 26 de dezembro de 2009

Líder de quadrilha é executado

Clonagem de cartão

Confronto entre grupos rivais já dura mais de uma década, com cerca de 15 execuções. Ozenaldo Sales era líder de uma quadrilha

Nicolau Araújo
nicolau@opovo.com.br
26 Dez 2009 - 00h50min


Dois anos e um mês depois do assassinato do homem apontado como o maior clonador de cartões do Nordeste, o cearense de Solonópole Luiz Mário Alves Bezerra, o confronto entre quadrilhas rivais no Ceará matou mais um líder de clonadores, na última quinta-feira, em um posto de combustíveis no bairro Dionísio Torres.

Com dois tiros na cabeça, um atrás da orelha esquerda e o outro na nuca, Ozenaldo Rodrigues de Sales, o Louro, 36, foi executado quando se divertia com um amigo e duas mulheres. De acordo com declarações de testemunhas no 34º Distrito (Centro), o grupo bebia e ouvia música do som de uma Pajero Sport, quando dois homens em uma moto chegaram e o garupeiro efetuou os disparos.


Segundo ainda o depoimento das testemunhas, antes de efetuar os disparos o homem quis saber se Ozenaldo Sales seria Idelmar (José Idelmar Menezes de Queiroz Júnior, conforme a Polícia), que em 2003 sofreu uma tentativa de homicídio, juntamente com o próprio Ozenaldo e uma mulher.


Para o titular do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Pequeno, a execução de Ozenaldo Sales teria sido motivada por vingança por parte da quadrilha de Luiz Mário.



``O Ozenaldo já havia sido preso por tentar matar o Luiz Mário (julho de 2007). Antes, em 2003, o próprio Luiz Mário havia ordenado a execução de Ozenaldo e duas outras pessoas. Agora, Ozenaldo estava sendo investigado como o mandante da morte de Luiz Mário (novembro de 2007). Acredito que, se a Polícia prender o mandante do assassinato de Ozenaldo, assim como os seus executores, estará prendendo o novo número um da clonagem de cartões no Estado``, comentou o titular do DPE.


Testemunha

Da condição de testemunha para a cadeia. Tão logo prestou depoimento sobre a execução do amigo, o também clonador de cartões André Vinícius Almeida Cunha, o André Paulista, 23, ficou detido no 34º Distrito, por força de um mandado de prisão. De acordo com a Polícia, ele é acusado de tentar aplicar um golpe de R$ 1 milhão, em setembro do ano passado, quando foi flagrado no Cumbuco, em Caucaia (Região Metropolitana), com 250 cartões bancários clonados. No ano anterior, ele também havia sido preso no Paraná, pelo mesmo crime.


E-Mais


> Luiz Mário Alves Bezerra morreu aos 37 anos, no distrito Pasta, em Solonópole, em novembro de 2007, após ser atingido por mais de 10 disparos, efetuados por dois homens. De acordo com investigações da Polícia e do Ministério Público Estadual (MPE), as quadrilhas de clonadores de cartões entraram em ``guerra`` depois que Luiz Mário passou a ordenar a execução de integrantes do seu próprio banco, como queima de arquivo. A ação mais violenta na ``guerra`` dos clonadores de cartões foi em fevereiro de 2007, quando três pessoas foram executadas em um bar, no Bom Jardim.
Fonte: OPOVO

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