CRIME ORGANIZADO (26/12/2009)
Pistoleiro fuzila ´cartãozeiro´
Carro blindado: no momento em que foi assassinado no posto de combustível, Ozenaldo estava ao lado de sua Pajero. O carro foi apreendido pela Polícia e está no 34º DP 
Para matar: em julho de 2007, Ozenaldo Sales, o ´Louro´, foi preso quando ia executar Luís Mário
Ozenaldo Rodrigues Sales
Luís Mário Alves Bezerra
26/12/2009
Ozenaldo Rodrigues era suspeito de ter mandado matar outro chefe de quadrilha, Luís Mário Alves Bezerra
Mais um crime com características de pistolagem, na Capital, começa a ser investigado pela Polícia. O fato ocorreu no começo da manhã de quinta-feira (24) passada, quando um homem, identificado por Ozenaldo Rodrigues Sales, 36, conhecido pelo apelido de ´Louro´, foi executado com dois tiros na cabeça disparados por dois homens que estavam em uma motocicleta. O assassinato aconteceu em frente à loja de conveniência de um posto de combustível, localizado na esquina da Avenida Pontes Vieira com Rua José Vilar, no Dionísio Torres.
Segundo apurou a Polícia, Ozenaldo tinha envolvimento em crimes. Era natural de Novo Oriente e apontado como ligado a golpes com cartões bancários. No momento em que ele foi executado, estava bebendo em companhia de outros três homens e duas mulheres. Conforme testemunhas, os seis estavam ao lado do veículo da vítima, a Pajero prata de placas HXP-8329 (CE). O carro é blindado e ainda não estava no nome de Ozenaldo, pois ele havia comprado recentemente.
Execução
De repente, surgiu uma motocicleta de cor preta ou azul escuro. O homem que estava na garupa se aproximou e perguntou: "você é que é o Ozenaldo?" Em seguida, disparou dois tiros na cabeça da vítima. O comparsa, também armado, deu ´cobertura´. Os dois fugiram sem nada roubar da vítima e de seus acompanhantes. Ozenaldo teve morte imediata. Logo em seguida, a Polícia foi acionada, tendo chegado ao local uma viatura do Ronda do Quarteirão. Inspetores do 34º DP (Centro), que estavam de plantão na véspera do Natal, também estiveram no local do crime.
Um dos homens que faziam companhia a ´Louro´, permaneceu no local do crime por alguns instantes e quando a Polícia chegou acabou sendo preso. Trata-se de André Vinícius de Almeida Cunha, 22, também envolvido em crimes de estelionato. Ele era foragido da Justiça.
CONSEQUÊNCIA
Execução pode gerar novos assassinatos
O assassinato de Ozenaldo Rodrigues de Sales, o ´Louro´, pode reabrir a ´guerra´ entre os chefes de quadrilhas de ´cartãozeiros´ no Ceará, como aconteceu em 2007, quando vários foram executados na Capital e no Interior. Ozenaldo era tido como chefe de um bando de estelionatários oponente ao grupo comandado pelo também golpista Luís Mário Alves Bezerra.
Em julho de 2007, Ozenaldo foi preso com mais cinco homens identificados como Edeílton Alves da Silva, o ´Xerife´, pernambucano (pistoleiro); Wállysson Azevedo do Nascimento, Francisco Erivaldo Gonçalves Cabral e os policiais militares (soldados) Gildo Silva de Sousa e Francisco Erivan Tavares da Silva. Os seis foram descobertos dentro de um restaurante na Cidade dos Funcionários, quando faziam uma reunião para finalizar o plano para assassinar Luís Mário.
Segundo apurou a Polícia, na época, Ozenaldo decidiu mandar eliminar Luís Mário após sofrer um atentado no bairro Lago Jacarey, supostamente ordenado pelo chefe da quadrilha oponente. Para tanto, ele contratara o pistoleiro pernambucano conhecido como ´Xerife´, que ia agir junto com os dois PMs. Mas, a Polícia evitou o crime.
Mesmo assim, Luiz Mário não escapou da armadilha montada pelos inimigos. Na noite de 12 de novembro de 2007, acabou executado com 15 tiros de pistola (vários deles no rosto) dentro de um bar, no distrito de Pasta, entre os Municípios de Solonópole e Jaguaretama.
PROTAGONISTAS
Chefes de quadrilhas
Ozenaldo Rodrigues de Sales
Era natural de Novo Oriente. Foi morto, a tiro, na manhã de quinta-feira passada (24), em um posto de combustível, em Fortaleza. Segundo a Polícia, ele possuía uma extensa ficha de crimes e era chefe de uma quadrilha de estelionatários
Luís Mário Alves Bezerra
Natural de Solonópole, foi ´caçado´ durante muito tempo pelas polícias Civil e Federal. Comandava uma rede criminosa ligada a golpes com cartões. Em 2007, foi morto dentro de um bar, em sua terra natal
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR
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