domingo, 8 de janeiro de 2012

Polícia Bispo irá conversar com policiais civis para tentar mediar impasse

Bispo deve conversar com a categoria para buscar solução à paralisação

Arquivo


O bispo da igreja católica, Dom Emanuel Edmilson da Cruz, deve se reunir na neste domingo (7) com representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpoci) para discutir a paralisação da categoria. As negociações com o Governo do Estado seguem estagnadas e o movimento continua firme, conforme informou a assessoria de imprensa do Sinpoci.



Mesmo com o efetivo nacional empregado nas delegacias, o atendimento à população ficou debilitado durante o sábado (6). De acordo com a assessora de imprensa do Sinpoci, Vivian Sales, o problema acontece pois os escrivães federais estão com dificuldades para utilizar o sistema da Polícia Civil.



"Os escrivães federais chegaram aqui, mas eles não sabem utilizar o sistema da polícia. Está atrasando atendimento e não adianta em nada. Geralmente ficam cinco policiais civis na delegacia, agora só tem dois", diz a assessora.



O problema se alastra pelo interior do estado. Vivian revela que a categoria está 100% parada e não teria nenhum auxílio nas delegacias localizadas fora da capital cearense.



"O interior está 100% parado. Até onde sabemos não tem nenhum escrivão federal lá. Alguns policiais ficam porque não tem como fechar delegacia. Ninguém quer matar os presos que estão lá dentro", explica Vivian Sales.



Propostas sem retorno



A tentativa de negociação, conforme a assessora do Sinpoci, anda sem retorno. Na última quinta-feira (5), o governador Cid Gomes teria recebido um termo de compromisso elaborado pelos policiais civis e, caso fosse assinado, a catgoria voltava aos trabalhos em até 24h. Porém, Vivian afirma que não houve resposta.



"Estamos fazendo uma mobilização pacífica e ordeira, mas não somos chamados para conversar. São cerca de quatro mil policiais civis e vamos lutar por um acordo. A Polícia Civil não vai abrir. Se o governo aparecer com uma proposta boa, razoável, a categoria aceita. Queremos negociar, ouvir uma resposta", pontua a representante da categoria.



Luis Márcio Domingues DN.

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