terça-feira, 25 de agosto de 2009

Exclusivo: Conselheiros Tutelares dizem que problemas envolvendo menores "está fora de controle" em Quixadá




Quixadá

Uma reunião marcada no final da tarde ontem na sede do Conselho Tutelar de Quixadá com os representantes do site Revista Central e os conselheiros, para esclarecimentos acerca das denuncias de permanência e venda de bebidas alcoólicas aos menores de idade em clubes da cidade.

Na última sexta-feira no Pinheiro Society, nossa equipe flagrou um número grande de jovens adolescentes consumindo bebidas e visivelmente embriagados, não havia qualquer controle na entrada do clube dos menores nem tampouco da fiscalização dos organizadores do evento sobre a venda de bebidas a esses jovens..

A conselheira Bamba relatou fatos ainda mais preocupantes em relação as crianças e jovens de nossa cidade, “está fora de controle”, os registros de ocorrências em Quixadá passou dos limites, o Conselho está fazendo de tudo para coibir os abusos, entretanto, os cinco conselheiros não conseguem dar conta de tanto trabalho” salientou em tom de desabafo.

Os problemas envolvendo menores não está só associado ao consumo de bebidas alcoólicas, os problemas vão mais além, a violência contra a criança em Quixadá está em todas as esferas de nossa sociedade, mas é na família que a degradação dos valores é percebida com mais freqüência, começa dentro de casa e torna-se incontrolável aos olhos da fiscalização.

Os relatos dos conselheiros deixou a equipe da Revista Central estarrecidos diante de tantos fatos lamentáveis, foram citados casos como fetos de crianças encontrados no Campo Novo, o segundo em menos de dois meses, estupros, violência contra a crianças, espancamentos, abandono de incapaz, pais embriagados maltratando a criança física e moralmente.

Nossa sociedade está a um passo do caos social em relação aos menores de idade, os relatos de crianças envolvidas com assaltos, drogas, prostituição e outros crimes chegou ao cume da insensatez humana. Só em Quixadá 17 menores estão reclusos nas casas provisórias de segurança, tanto que houve uma diminuição dos casos crimes na cidade. Mas, qual será o futuro dessas crianças que são mantidas nessas instituições? Sairão recuperadas após cumprir seus delitos? Ou serão criminosos perigosos tementes a população!

O conselheiro, Antônio Rivaldo Leite, mostrou-se preocupado novamente com a situação do Parque de Exposição que abriga a feira de animais, por determinação judicial passou-se a adotar um ajuste de conduta, a proibição de adolescentes menores de idade que freqüentavam o local em busca de programas, a proibição busca solucionar os problemas existentes de prostituição infantil, também ressaltou que a dilaceração da família é a principal causa da violência.

O conselheiro Talvanes foi mais incisivo com suas declarações, “as atribuições do Conselho tutelar é de fiscalizar e acompanhar os processos de abusos cometidos contra a criança e o adolescente, não temos poder de policiar e prender, isso é tarefa dos departamentos de segurança policial, quando acionamos essas unidades, os carros geralmente estão indisponíveis ou o policiamento está destacado para outras ações policiais”.

Em dado momento da reunião, o conselheiro Talvanes fez uma pergunta aos dois repórteres da revista, vocês vão publicar tudo o que estamos relatando aqui? Sim! Foi nossa resposta, e ele foi mais além, “tenho quatro mandatos como conselheiro tutelar em Quixadá, a venda de bebidas a menores em nossa cidade não está restrita aos clubes sociais, está na maioria dos bares da cidade, nas praças, churrascarias e até mesmo dentro de casa. Não conheço nenhum dono de estabelecimento que tenha sido punido por vender bebidas a esses jovens, muito pelo contrário, às autoridades policiais que patrulham esses estabelecimentos geralmente tem vínculos de amizade com esses proprietários dificultando assim nosso trabalho.

Ao final da reunião ficou decidido que será acionado a Promotoria e Ministério Público, será discutido ações para se combater de maneira eficaz os que estão desrespeitando a lei, é preciso também o amparo da sociedade para se posicionar e denunciar os descasos da banalização do consumo de álcool entre nossa juventude.

Por Fabio de Oliveira
Revista Central

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