terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Violência no Sertão Central: Homicídios crescem 31% de 2008 para 2009

Por: Márcio Dornelles

A criminalidade no Sertão Central cresce rapidamente. Esta é a conclusão do balanço policial da região dos últimos dois anos (2008 e 2009), da 2ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar. Foram 74 homicídios registrados no ano anterior nas 12 cidades que compõem a unidade. O número é 31,1% maior que em 2008: 51 casos. Sobre lesão corporal, a diferença é de 102 incidentes nos dois últimos anos (passou de 153 para 255), com um aumento de 40% nos índices apresentados em 2008.

Mesmo com os investimentos em segurança pública na região, a violência ainda amedronta a população. O município de Quixadá, referência local, supera as outras cidades vizinhas. Há também a reclamação de que o número de atendimento emergencial da Polícia, 190, está constantemente ocupado. Quando as pessoas precisam avisar sobre alguma ocorrência, esperam vários minutos. O problema é antigo. O coronel Rômulo Tavares explica que o congestionamento da linha se deve, principalmente, às ligações falsas feitas por vândalos, o conhecido “trote”. Mas ele reconhece que o atual sistema só permite uma ligação por vez.

O projeto do Governo do Estado de inaugurar 50 delegacias até o final de 2010 ainda não chegou ao Sertão Central. A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que não há registro de unidade policial inaugurada nos municípios locais em 2009. Há apenas a previsão de licitação para a construção da Delegacia de Polícia Civil de Solonópole, ainda em 2010. Em Quixadá, cidade com mais de 80 mil habitantes, o Programa Ronda do Quarteirão ainda foi implantado.

Números da criminalidade:

Homicídios
2008: 51 casos
2009: 74 casos

Lesão corporal
2008: 153 casos
2009: 255 casos

Roubo de pessoas
2008: 70 casos
2009: 114 casos

Estupro
2008: 3 casos
2009: 6 casos

Roubo de veículos
2008: 58 casos
2009: 33 casos

*Colaboração do correspondente Herley Nunes.

Fonte: Ceara Agora



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