Embrenhadas no meio do mato desse sertão de meu Deus, olha só o que eu e a fotógrafa Talita Rocha (dir.) encontramos: o caminho do Japão! Mas a fome era tanta que não deu pra ir ao encontro dos "japas cearenses" que vivem em Solonópole. Mas registramos a descoberta. Nesse pedacinho, o sol estava de "torrar o juízo", por isso, ligeirinho, retomamos o caminho quase intrafegável, cheio de pedras.E "teve foi Zé" pra chegar na cidade depois de sair do Japão. Seu Zé Dantas, um paraibano arretado que vive ali há 20 anos, foi quem deu as dicas pra gente. Depois de ensinar tudo, lá vem seu Zé com a oferta: queria vender pra gente um relógio antigo, "uma verdadeira jóia". E só custa 600 cruzados ou 600 cruzeiros como quiser o freguês. Pelo visto, o real ainda não chegou nas bandas do Japão.Pena que nossos parcos reais só davam mesmo pro almoço. Mas quem se interessar pode ir na rota do Japão cearense. Saindo de Banabuiu são mais de 40 quilômetros em uma estrada cheinha de pedregulhos. É fácil encontrar a casa de seu Zé Dantas. Ele mora na fazenda Alívio e na única casa que já tem energia elétrica. Pra ele foi mesmo "um alívio" porque a gente vivia aqui que era só um breu".
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